quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A verdade sobre o PROCAMPO


No debate de ontem (20/11) surgiu uma questão muito interessante sobre o Curso de Educação no Campo (PROCAMPO). Interessante porque foi escrita em vários formulários, sorteada duas vezes pela Comissão Eleitoral e claramente inserida entre as questões apenas com o intuito de tentar embaraçar a Chapa 2, o que, infelizmente para quem tinha tal intenção, acabou não ocorrendo.

A pergunta questionava qual a posição dos candidatos em relação ao fato de Curso de Educação no Campo já iniciar suas atividades com grande número de professores, sendo que vários cursos do CAC apresentam defasagem histórica de docentes, e de um único Departamento (no caso o de Educação) ficar responsável pela contratação desses professores que, na opinião de quem perguntou, deveria ser dividida com vários outros cursos.

Quem elaborou a pergunta com o intuito de embaraçar a Chapa 2 com certeza se decepcionou.

O professor Wolney respondeu com propriedade que o Curso de Educação no Campo é resultado de uma resposta do Departamento de Educação a um edital nacional do MEC para atender a uma demanda específica de oferecer cursos de graduação para professores que vão atuar exclusivamente na Educação no Campo. Tal edital foi socializado em duas oportunidades no Conselho Diretor do Câmpus Catalão, ocasiões em que nenhum Curso ou Departamento se mostrou interessado em elaborar um projeto para concorrer. Após a segunda exposição do edital, faltando pouco mais de uma semana para encerrar o prazo de submissão de projetos, o professor Wolney, na condição de Chefe de Departamento, apresentou um desafio ao Departamento de Educação: elaborar um projeto e concorrer nacionalmente com várias outras propostas para oferecer um curso de Educação no Campo com foco na região sudeste de Goiás. Um grupo de professores aceitou o desafio, elaborou uma proposta, concorreu e ficou classificado em 25º lugar. O prêmio do esforço: oferecer um curso de graduação com a missão inicial de formar 120 professores em três anos, ou seja, muito mais trabalho para o Departamento de Educação. 

Quem elaborou a pergunta certamente não conhece como se deu o processo, não conhece a proposta do Curso de Educação no Campo, não conhece o Departamento de Educação que, na condição de quem elaborou o projeto, tem sim a prerrogativa de contratar os professores para as vagas previstas no edital público e que oferece as disciplinas pedagógicas para todos os cursos de formação de professores do Câmpus Catalão (Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Educação Física, Física, Geografia, História, Letras, Matemática e Química) atendendo mais de 600 estudantes por semestre e que também tem um deficit histórico de professores, assim como a maioria dos cursos do CAC. A diferença, nesse caso, é que o Departamento não se acomodou em esperar por mais vagas de professores oriundas de Goiânia e atacou um edital público, aberto a quaisquer interessados, com o intuito sim de ter as vagas de professores e técnicos, mas com o claro objetivo de consolidar um quadro de docentes para atender a todo o Câmpus.

E é dessa forma que a Chapa 2 pretende resolver problemas históricos de falta de professores e técnicos no CAC: sem blá-blá-blá e sim com projetos concretos, atacando os editais, buscando recursos públicos, fazendo gestão política junto ao MEC e à Reitoria, de forma a reparar um erro histórico de permitir que novos cursos iniciem suas atividades sem o número mínimo de profissionais ou recursos financeiros necessários e, principalmente, sem nenhum ciúme de quem demonstra competência para fazer isso.


3 comentários:

  1. O Departamento de Educação passou por cima dos conceitos de universidade e proposta de interesse institucional e concorreu individualmente para implantação de um curso superior, LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO EM CIÊNCIAS DA NATUREZA, por meio do edital Procampo.
    Sabe-se que no Conselho Diretor do Câmpus Catalão (CODIC) houve uma grande indignação pela falta de TRANSPARÊNCIA no processo. A proposta (que deveria ser institucional) foi submetida sem conhecimento do CODIC. Não foi convocada nenhuma reunião ampliada com as licenciaturas do CAC, cujos profissionais são responsáveis pela formação de professores para o anos finais do ensino fundamental e do ensino médio. Pelo contrário, os docentes que quiseram participar sequer foram recebidos (testemunhos foram dados em reuniões do CODIC).
    Sabe-se que para este curso foram destinadas 15 (quinze) novas vagas de docentes. Conforme projeto 04 para ciências humanas e sociais, 01 para ciências agrárias, 02 para linguagens e códigos, 07 para ciências da natureza (ciências biológicas, física e química) e uma para matemática. Os docentes que estão sendo contratados, independente de sua área de formação, estão sendo lotados no Departamento de Educação, contrariando todas as discussões do meio acadêmico. Ademais, está sendo ventilado no CAC que as formações dos docentes propostas no projeto não serão respeitadas. Por exemplo, as disciplinas das áreas de química e física não serão ministradas por professores dessas áreas e sim por profissionais que não possuem formação adequada, pedagogos.
    Num processo idôneo não haveria espaço para informações privilegiadas. Não deveriam ser conduzidas propostas que privilegiassem um setor específico em detrimento de outros. Um projeto sempre deveria ser construído e encaminhado de forma TRANSPARENTE. Uma proposta institucional deveria ser discutida e implementada por especialistas no assunto, neste caso profissionais da biologia, química, física, matemática, letras e Geografia, além, claro, da própria pedagogia.
    Por fim questionamos se as pessoas que conduziram este processo seriam dignas de crédito quando prometem transparência e agir no melhor interesse da instituição.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Comentário copiado do Facebook e colado aqui, certamente escrito por uma preguiçosa ressentida...
      Para responder basta uma analogia futebolística: o jogador sai do campo de defesa, driblando sozinho o time adversário, consegue chegar na área, toma uma pancada, cai, o arbitro marca pênalti e aí quando ele se preparar para fazer a cobrança vem o colega preguiçoso e diz que é ele quem vai bater o pênalti, é justo isso?
      E a visão preconceituosa de que pedagogos não possuem formação adequada? Típica de quem se acha superior a tudo e a todos...

      Excluir
  2. Penso que está discussão envolve um contexto maior, englobando as diversas necessidades e oportunidades que poderiam e deveriam ser aproveitadas através de editais, como este, por exemplo. Ora, a partir do momento que a informação é divulgada de forma clara e para todos, a ação natural é que literalmente coloque-se a mão na massa. Isso pouco acontece. E pior. Depois de toda inércia recorrente, existe também um repúdio contra aqueles que aproveitaram essas oportunidades e produziram de fato, aquilo que se espera. Em uma instituição que merece ser grande, tais situações não deveriam ocorrer jamais. A vaidade deveria ser barrada na porta de entrada. Para concluir, uma boa liderança não se omite, pelo contrário, quando é preciso ela simplesmente faz.
    Pensar com autonomia e transparência agindo com responsabilidade é uma ideia agradável e eu apoio.

    ResponderExcluir

Deixe aqui seu recado, sua crítica, sugestão, opinião etc... Sua colaboração será bem-vinda!